Tributos

RECONHECIMENTO A UM LíDER

Você está morto, meu prezado Ayrton Senna, mas seu exemplo e suas lições estão
vivas e vão marcar por muito tempo a nossa gente.
A admiração por você era tão grande que ninguém ousou jamais pensar que você
poderia um dia morrer e nos deixar sem as alegrias de tantas manhãs de domingo.
Nós esquecíamos que você é tão mortal quanto qualquer um de nós. Não
esqueceremos, no entanto, seu exemplo.
Obrigado por projetar tão alto o profissionalismo de que um brasileiro é capaz.
Obrigado por resgatar o nosso respeito por essa bandeira brasileira tão linda e por
vezes tão desmerecida.
Obrigado por manter a esperança que somos capazes de superar os melhores de
qualquer outra nação do mundo.
Obrigado por mostrar quanto é bonito gostar daquilo que se faz.
Obrigado por reconhecer seus limites sem nunca se conformar com eles.
Você nunca deixou de lutar para vencer. Você sempre buscou o conhecimento da
máquina, de si mesmo e dos outros para alcançar seus objetivos.
Você soube falar à sua gente. Minha mãe de 81 anos lhe admira tanto quanto meus
filhos adolescentes e eu. E não é porque você não tivesse defeitos, ao contrário é
porque sempre demonstrou intenção de superá-los, de ser ainda melhor.
Este pobre País não podia ter exemplo maior de seriedade e competência. Os
jovens destes tempos não podiam ter um ídolo maior. Sensível, determinado,
confiante, persistente e vencedor. Você dirigia os carros mais velozes do mundo e
com seu caráter conduzia uma nação inteira para o reconhecimento de que o
trabalho honesto, a fé em Deus, o amor à vida sadia e a dedicação ao que se faz,
ainda compensa.
Você sempre foi o orgulho de seu povo. Como pai e admirador quero publicamente
manifestar meu reconhecimento e agradecimento pela sua contribuição ao
engrandecimento do perfil do povo brasileiro.
Você morreu meu caro amigo mas seu exemplo vai ficar entre nós por muito tempo.
A sua máxima de “FAZER SEMPRE O SEU MELHOR” será nossa luz, estrela e
guia por muitos anos.
Descanse em Paz que você merece.
Paulo Helene
02 de maio de 1994
Chefe do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da Universidade
de São Paulo

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